sábado, 10 de abril de 2010

Piranhas é causa mais provável de problemas na cauda dos basses da represa Atibainha


O ataque de um tipo de piranha é a causa mais provável do problema da aparente destruição da cauda e de doenças que aflige a maioria dos basses de Atibainha, em Atibaia, interior de SP. De acordo com o biólogo Fabiano Ricardo Andrade Negrini, a aparência das lesões é perfeitamente compatível com a mordida de jovens piranhas oportunistas que vivem no local.
Há tempos, pescadores esportivos notaram e notificaram que mais de 80% dos basses pescados em Atibainha tinham a referida lesão (vide imagem "detalhe"). Embora alguns peixes convivam com isso normalmente, muitos podem desenvolver doenças e infecções.

O ataque de um tipo de piranha é a causa mais provável do problema da aparente destruição da cauda e de doenças que aflige a maioria dos basses de Atibainha, em Atibaia, interior de SP. De acordo com o biólogo Fabiano Ricardo Andrade Negrini, a aparência das lesões é perfeitamente compatível com a mordida de jovens piranhas oportunistas que vivem no local.
Há tempos, pescadores esportivos notaram e notificaram que mais de 80% dos basses pescados em Atibainha tinham a referida lesão (vide imagem "detalhe"). Embora alguns peixes convivam com isso normalmente, muitos podem desenvolver doenças e infecções.


"Na represa de Atibainha, infelizmente, o bass está muito doente e sem o rabo. Alguns já são pegos com lesões no dorso. Claramente os peixes aclamam por socorro", diz Fábio Zurlini, pescador local.
Basicamente, as piranhas não se alimentam dos peixes e sim, de sua parte vulnerável, nadadeiras e caudas. Eventualmente, em um óbito, o cadáver pode ser devorado finalmente, mas essas pequenas piranhas são ladrazinhas que tentam se alimentar basicamente do periférico do animal.
Alguns outros embates territoriais ou reprodutivos com outros basses podem agravar o problema, tanto quanto os combates com traíras, peixe muito comum que divide espaço de ninhos e de alimentação.
Esses ferimentos abrem portas à infecções causadas por bactérias que compõe o plâncton local. Dessa forma, os peixes que adoecem correm risco de morte.
"O quadro de enfermidade ocorre com mais frequência em ambientes quentes, que contenham grande quantidade de material orgânico e associados a fatores estressantes. Dentre eles podemos citar mudanças bruscas de temperatura, traumatismos, baixo nível de oxigênio, condição nutricional deficiente e outros tipos de infecções ou parasitismo", explica Negrini.
As dificuladades vão desde controlar as bactérias à reduzir a população de piranhas. Algo que os especialistas imaginam ser extremamente complexo e sem efeito prático a longo prazo. Segundo Negrini, "não existem trabalhos sobre o tratamento desta enfermidade para peixes livres na natureza. Em cativeiro, utilizam-se antibióticos específicos diluídos na água onde os animais vivem".
A causa de tamanho desequilíbrio pode gerar problemas futuros, mas a tendência, como em outros casos, é a população de peixes se estabilizar em uma população baixa com o tempo, como ocorre em muitas outras represas do Brasil.

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